Desde a Antiguidade, a própolis tem sido usada na medicina popular de várias civilizações, tanto na terapia quanto na profilaxia de diferentes processos patológicos. A palavra “propolis” vem do grego: [“pro”=em favor de] + [“polis”=cidade], isto é, para o bem, em defesa da cidade, no caso, a colmeia.
As propriedades antibióticas e fungicidas desta substância eram conhecidas pelos sacerdotes egípcios e pelos médicos gregos e romanos, assim como por algumas culturas sul americanas.
Desde o Egito antigo é utilizada como antisséptico, no tratamento de feridas e inclusive na conservação dos corpos. O famoso ritual de mumificação, aliás, guarda semelhanças com o que é praticado ainda hoje pelos enxames. “Se não é possível remover uma abelha morta de dentro da colmeia, as outras a embalsamam para preservar a saúde de todas”, revela o biólogo e imunologista José Maurício Sforcin, professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Botucatu, no interior de São Paulo.
Mesmo com um histórico respeitável de uso, que lhe rendeu o posto de medicamento natural, a própolis só passou a ser mais estudada cientificamente nos últimos 20 e poucos anos – e isso se deve, em parte, ao seu crescente apelo popular. Resultados satisfatórios foram demonstrados tanto na medicina humana como na veterinária. O consumo mundial gira em torno de 2,3 mil toneladas por ano, de acordo com levantamento feito pela Market Research Future.
O Brasil ocupa um lugar de destaque nessa história. Somos o terceiro maior produtor da resina, atrás somente da Rússia e da China. Aqui a produção de própolis dura o ano inteiro, diferentemente de locais com outros climas onde as abelhas só fabricam o preparado no verão e na primavera.
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